Histórias de roupas




Mariza Viana - 2º ano de Arquivologia
Meu vestido xadrez
Quando eu era criança me lembro que meu pai adorava comprar roupas para mim principalmente vestidos.
Ainda me lembro que um dia estávamos caminhando e passamos de frente uma loja e tinha
um vestido de bolinha e era o meu tamanho então eu disse: compra para mim então ele
respondeu hoje não dá estou sem dinheiro, outro dia eu compro não fiquei chateada compreendi
que naquele momento não dava.
Passaram os dias então bateram no portão da nossa casa, era uma vendedora de roupas.
Então meu pai disse para ela entrar e mostra as suas roupas, tinha de vários tamanhos e
no meio de todas as roupas tinha um vestido xadrez que me encantou; então eu disse compra
para mim pai; então ele disse que sim, mas só o vestido porque naquele dia só tinha dinheiro
para o vestido.
Aquele dia foi um dia de alegria e satisfação que guardo com grande recordação e emoção
da minha infância na qual meu pai teve grande participação.
Esses momentos são muito especiais na vida de uma criança e é desde pequena que aprendemos
lidar com as respostas sim ou não; nossa formação vai depender muito disso.



Denise Oliveira Barros - 2° ano-Aquivologia
O vestido azul
Uma lembrança que eu tenho de roupa é de um vestidinho azul que minha mãe colocava em mim, quando eu era criança, eu tinha mais ou menos cinco anos de idade. Eu adorava aquele vestido, também, era o único que cabia e mim, pois, eu era gordinha. Minha mãe dizia que ficava bem, mais ela era suspeita para falar. Se eu ficava bem eu não sei, só sei que foi o vestido mais bonitinho que eu já vi.
O tempo foi passando e o vestido azul foi ficando pequeno e de repente não me servia mais, foi tão grande a minha decepção que eu chorei muito. Minha mãe para tentar me consolar sentou do meu lado e começou a conversar comigo, ela me explicou que nem tudo é para sempre, que temos que aprender a ganhar e a perder. No caso eu perdi aquele vestido mais poderia ganhar outro mais bonito ainda, e doando o vestido, poderia fazer alguma menininha feliz. E essa menininha foi minha própria irmã que também cresceu rápido e passou o vestido para minha prima.
Hoje eu não sei onde ele está, mais sei aonde ele ficou, dentro da minha lembrança, ele fez parte da minha infância e do meu desenvolvimento como pessoa, porque querendo ou não ele me ensinou que devemos aprender a compreender as mudanças da vida.



Lucinéia da Silva Batista - Curso de Arquivologia 2ºAno


É interessante a experiência que tive com roupa.
Quando eu era pequena, vivia brigando com minha irmã por causa de roupa. A roupa não podia ser igual, porque era briga na certa.Nunca gostamos de vestir igual, talvez por este motivo.
Sempre gostei de assistir Globo Reporter da Rede Globo, e, uma das vezes o qual assisti, passou sobre qual o mistério que há entre pessoas que são gêmeos, como exemplo sentir a mesma dor, fazer as mesmas coisas, gostar das mesmas coisas...Então fiz uma análize entre eu e minha irmã, ja que somos gêmeas univitelinas, queria ver se isso se aplicava em nossos comportamentos. Certo é que, não havia nada.
Quando um certo dia, indo para a igreja, nós olhamos uma para outra e estávamos vestidas com as mesmas cores de roupa, achamos engraçado, por não ter percebido. Morando na mesma casa, vestindo a mesma cor de roupa, sem perceber. Ela num quarto e eu no outro. Percebi que realmente gêmeos tem uma certa ligação, não todos, mas eu e minha irmã sim. Foi através da roupa que vi nossas ações inconcientemente se relacionarem.
E não foi só uma vez, isso que é interessante, pelo menos para mim. Já aconteceu várias vezes. Teve uma vez que nós estávamos inteiramente de BLACK, até a bolsa.
Para mim foi muito legal, justamente pelo fato de não gostarmos de se vestir igual.
Quando penso em roupa, me vem esta agradável lembrança das cores da roupa.




Janaina - 2 ano de Biblioteconomia. A roupa “dos mano”
A minha história envolvendo alguma situação sobre roupa me remete á muitos fatos, mas o mais marcante deles aconteceu durante muitos anos da minha vida.
Eu sempre fui criada num círculo de amizades com muitos meninos, inclusive tenho um irmão homem, que ás vezes acha que eu sou um homem também. Todos os presentes que ganho dele até hoje são meio do mundo masculino, principalmente as roupas. E sempre é a mesma coisa, todo aniversário quando ele podia me dar algum presente ele me dava e (até hoje me dá) ou uma camiseta meio unissex, ou uma calça “big”.
Curtíamos (e até hoje continuamos curtindo RAP) e é engraçado porque eu andava no meio dos muleques e vestida como os muleques também, usava umas calças bigs, ou seja, calças bem largas e com fundos bem baixos. E os meninos sempre me davam alguma blusa de hip-hop ou uma das tantas calças do movimento, eu era uma menina “ bate cabeça”, uma coisa não tão apropriada para uma menina da minha idade naquela época. Pois tudo sempre girou em torno do rap e eu durante muitos anos me vesti á caráter, não precisava comprar roupas porque eu ganhava tudo dos meninos, que diziam que a Jana era “irmanzinha”deles.
Durante muito tempo na escola tinha que ficar ouvindo os meninos dizerem pra mim “ caramba Jana, a sua calça é mais larga do que a minha que sou homem!”. Mas eu nem ligava porque eu adorava todas aquelas roupas não tão femininas, pois eram largas e não me apertavam como aquelas calças jeans e aquelas blusinhas decotadas que a maioria das meninas usavam pra ir pra aula e mostrar o corpinho bonitinho delas pros meninos.
Eu sempre fui adepta dessas roupas, pois marcaram a minha pré-adolescência e adolescência também. Quando eu ia pros shows de Rap, com os muleques eu era a única menor de idade, e não podia entrar, só que aquelas roupas me davam um ar de bem mais velha, pois eram um tanto largas, e na hora da revista as seguranças não pediam a minha identidade, e eu passava “linda e maior de idade”. Foi assim durante muito tempo, sempre que saia com o pessoal eu pensava no tipo de roupa que me deixava mais velha. Era muito legal, e desse jeito eu entrei em muitos shows, e nunca ninguém descobriu a minha verdadeira identidade.
Tive que começar a usar roupas de menina de verdade depois que comecei a procurar emprego, mas até hoje eu tenho elas lá, são uma marca muito registrada na minha vida, todos bermudões “ggg”, as calças big, as camisetas grafitadas, os coletes unissex, as blusas de frio com capuz. E o melhor de tudo é que realmente eu e meu irmão partilhávamos e ainda partilhamos as mesmas roupas. Tive algumas dificuldades para aceitar as roupas do “mundo feminino”.



Cassia Dias - Nunca fui de gastar muito com roupas, só que quando eu olho na vitrine alguma coisa que me atrai passo o dia pensando em como economizar para ter a tão sonhada peça. Como todo final de ano acontece fui ao shopping comprar uma roupa para passar a virada de ano, só que não tinha nada que me agradece então depois de “bater muita perna” resolvi comprar uma blusinha e uma saia básica. No entanto, quando eu estava saindo do shopping avistei uma lojinha com um vestido lindo (parecia que foi feito especialmente para mim), achei ele perfeito, só que se eu comprasse iria ficar sem dinheiro, mas no impulso não pensei duas vezes e ao entrar na loja como era final de ano ela estava muito cheia e o provador nem se fale, então resolvi pegar a peça e sair daquele lugar que estava me sufocando.
Depois de algumas horas no “formigueiro”, achei que tinha valido a pena, afinal já tinha comprado o que eu queria, então fui pra casa e só fui experimentar o vestido no dia seguinte, nossa aí veio à decepção, “pois no manequim ele estava tão bonito e quando vesti ficou tão estranho”, simplesmente não gostei, ou melhor, desgostei dele. Então como já tinha comprado outra roupa resolvi passar o ano com ela, já que caia bem melhor e quando passasse o ano iria trocar. Acontece que quando fui trocar o vestido (quase 10 dias depois) ele tinha ficado 60% mais barato e a vendedora da loja me disse que eu só poderia trocar por outra peça pelo preço atual do vestido, ou seja, eu iria perder muito. Só de raiva resolvi voltar com meu vestido para casa e deixei no guarda-roupa durante meses, até que dei de presente para uma amiga que adorou, e hoje quando eu vejo ela com o vestido até acho bonito, só que ele não foi feito para mim.




Júlia Lui Baptista - 2˚ ano de Biblioteconomia – Fiquei imaginando que historia iria contar sobre roupas, até que em um dia desses minha mãe me ligou perguntado se eu não tinha visto uma blusa sua que não encontrava, então enfim me lembrei de um caso que poderia contar.
Quando era mais nova, minhas amigas viviam dizendo que quando suas mães compravam roupas pensavam nelas e nas filhas já que muitas roupas e sapatos serviam para ambas, e eu ficava morrendo de vontade de fazer a mesma coisa,mas isso nunca era possível já que minha mãe é enorme, tem mais ou menos 1,90m de altura na verdade é mais pra mais do que pra menos, então nenhuma roupa ou sapato dela me servia, uma blusa dela é praticamente um vestido em mim ,sentia até um pouco de inveja das minhas amigas.
Em um final de semana que eu voltei para minha cidade saímos eu e minha mãe,fomos ao comércio da cidade e resolvemos entrar em uma loja e minha mãe comprou algumas blusas, depois de um tempo fomos embora, chegando em casa, comecei a mexer nas roupas que minha mãe tinha comprado, de brincadeira vesti uma das blusas com um cinto, minha mãe entrou no quarto e me viu, foi uma surpresa, ela disse que tinha ficado muito bonito eu rindo fui me olhar no espelho e realmente tinha ficado muito bom.
Naquele momento acho que minha grande vontade de vestir as roupas da minha mãe havia se realizado e hoje quando vou para minha cidade coloco algumas blusas de minha mãe.
E aquela blusa que minha mãe estava procurando, é ela estava dentro da minha mala.




Lidyane Lima 2°Ano de Biblioteconomia – Em meus tempos de escola primária (até parece que faz muito tempo) era obrigatório o uso de um uniforme no mínimo desconfortável.
Tínhamos que ir para a escola, em pleno verão sul mato-grossense, de calça. Aquele tecido sintético quase me matava de calor, me sentia presa, o pior era nas sextas feiras, dias de educação física. Meu professor era bem exigente, e obrigava uma sessão de exercícios que acabavam com esse meu corpo sedentário.
Mas enfim, o fato é que uma das minhas amigas resolveu customizar esse uniforme, usando como instrumento uma tesoura. . Garanto que ficou uma maravilha, mas infelizmente a diretora (que por sinal era um Hitler de saias) não achou a mesma coisa.
Esta criatura super “educada” e “paciente” com os alunos, quase teve uma síncope... Começou a baixaria, gritos e lágrimas, a diretora, veja só vocês, usava termos baixos e chulos para se referir à minha amiga, afirmava que aquilo tudo era uma falta de respeito com a escola... Parecia o fim do mundo... Os céus estavam caindo.
Aquilo não parava, e a platéia ensandecida pela parte II do espetáculo, que não aconteceu graças a um professor, que teve a sensatez de soltar o braço da menina das mãos de ferro da diretora.
O resultado foi que minha amiga continuou com seu uniforme super descolado, além disso, todos nós fomos liberados da obrigação de usar aquela maldita calça. E a diretora? Bem essa foi afastada do cargo e não exerceu mais nada dentro daquela escola nem como diretora, muito menos como professora.
Bem, nada mais interessante vem a minha cabeça no momento , mas quando me lembrar prometo postar aqui!!!




Andrieli Pachú da Silva 2º de Arquivologia – O que vou contar aqui é sobre uma peça de roupa que tenho guardada como lembrança de alguém que fez parte por pouco tempo na minha vida.
É sobre um casaco de pelo que diferente do casaco de Marx, não me serve como moeda de troca e muito menos poderia se dar ao luxo de colocar sobre sua roupa um sentimento, diferente daquela época o que encontramos hoje nas lojas de penhores são jóias e não mais as roupas.
Vamos ao casaco, ele pertenceu a minha bisavó Cecília, que viveu um tempo com minha vó Almerinda (sua filha), porém quando ela ficou doente tiveram que levá-la para São Paulo, assim passou a morar com sua outra filha Ester, como o inverno de Sampa é mais rigoroso que o de minha cidade, lá compraram para vó Cecília esse casaco de pelo (chamo ela de vó e não bisa por causa de minha mãe), não lembro quanto tempo ela ficou por lá, porém com sua idade avançada e as doenças, um dia como diz meu tio Antonio o Anjo do Senhor a levou para morar com Ele.
Assim, minha tia Ester mandou umas roupas para minha vó, e depois de algum tempo, quando cresci vi um casaco bonito no guarda-roupa da vó Almerinda, ela me disse que era de sua mãe, eu perguntei se ela usava, ela me respondeu que não, e perguntou se eu queria ele pra mim, na hora eu aceitei, primeiro porque tinha sido de minha bisavó, e segundo porque eu tinha achado ele muito bonito, porém creio que não usei mais de quatro vezes o casaco, pois na minha cidade não faz tanto frio pra usar uma peça daquelas.
Aquele casaco me faz sentir, como se talvez soubesse algo de minha bisavó, pois não me lembro de ter momentos com ela, e o que sei sobre Cecília é o que meus parentes me contam, por ser muito pequena na época, o que me consola é o casaco e as fotos que tenho, lembro de uma foto do aniversário dela, foi na casa se seu filho mais velho, e numa dessas fotos, tem só eu e ela, mas não me lembro do que aconteceu naquele dia, ou nos outros dias.
Acredito que não sinto dor de ter esse casaco, porque ele não me provoca lembranças fortes como provocou em minha tia ou minha vó, quando se desfizeram dele e não sei qual seria minha reação se tivesse tido um contado mais forte, se iria querer ficar ou não com esse casaco, só sei que hoje ele tem para mim um valor sentimental, não sendo só um mero objeto que alguém um dia comprou para se proteger do frio, mas sim um meio de guardar as histórias de alguém que fez parte da minha família, de alguém que as vezes nós falamos em casa “Só podia ser filha (neta, bisneta) da dona Cecília”.




Juliano Benedito Ferreira 2° Biblioteconomia – História de roupa
No meu aniversário de oito anos recebi a visita de uma tia e uma prima que nunca tinha visto até então, minha mãe tinha comprado um bolo e elas apareceram para comemorar conosco, como toda criança eu adorava brincar, ganhar brinquedos, quando vi minha prima com um pacote enorme nas mãos meus olhos brilharam, porém ao abrir o pacote veio a decepção, era uma blusa, fiz cara de quem não gostou e perguntei onde estava o brinquedo, minha mãe então ficou sem graça com minha reação, trouxe o bolo e disfarçou, depois das visitas terem ido embora levei uma bronca pela falta de educação.




Josiana Silva 2º ano de Biblioteconomia – Formatura
Ensino Médio: provas, aulas, estudo, atividades extracurriculares, preparação para o Enem, livros, trabalhos, mais estudo, mais provas... Enfim a Formatura. Uma fase que fica marcada em nossas vidas, pois bem é um fim de uma etapa para uma nova.
Bem a formatura ia ser a colação de grau e a festa, mas ai começa o drama “com que vestido eu vou”? A cor já estava definida, o preto básico de sempre, pelo menos o modelo podia ficar por nossa conta.
Mas o que seria melhor comprar um ou alugar? Bem preferi alugar, pois pra mim na época sairia, mas em conta.
Bem então fui em varias lojas, olha dali, olha daqui e nada... minha angustia ia aumentando, a intenção era de desistir, pois se não consigo achar um vestido descente, pra que me formar. Entrei em mais uma loja, e pensei comigo mesma essa vai ser a ultima. Fui bem recebia pela atendente e comecei logo explicando o que se passava; que queria um vestido pra formatura, pois era uma ocasião especial, o modelo tinha que ser elegante e ao mesmo tempo tinha que estar bem confortável pra me sentir bem, ela entendeu perfeitamente e começou a me mostrar os vestidos.
Era um mais lindo que o outro; e agora qual escolher? O vestido tinha que ser na altura do joelho, a atendente disse que seria melhor por causa da altura, mostra daqui, mostra de lá... até que enfim o vestido foi escolhido. Preto, altura até o joelhos o tecido por sua vez arrasou num modelo tomara que caia de cetim. Os detalhe de flores e amarração abaixo do busto marcam a silhueta. Bem foi o vestido que me senti bem, e sem falar que era lindo.
Agora tinha mais um passo a seguir, a sandália. O pior estava por vir, achei que o vestido seria bem mais complicado, mas me enganei... Quase tive um “treco”, pois faltavam cinco dias pra festa e ainda não tinha conseguido achar uma sandália no meu numero.
Comecei a me descabelar, pois achava o modelo perfeito, mas não tinha minha numeração, não sabia o que fazer. Tive que ir a um sapateiro para fazer a bendita sandália. Vocês devem se estar perguntando, como não consegui achar uma sandália né!!!
Na época a numeração que calçava era 33 e as sandálias, começavam com a numeração 34... mas enfim apesar do sofrimento para encontrar o vestido e a sandália valeu apena.
No final deu tudo certo. Vestido tomara que caia e a sandália feita pelo seu Joaquim!!! Lembro disso como se fosse hoje, saudades que dá!!!




Aline Scola – História de Roupa
Falar sobre roupa, me fez lembrar de quando era criança. Sempre que meus pais e minha avó paterna iam à cidade levavam-me junto e chegando lá eu não via a hora de ir a sorveteria, tomar sorvete de chocolate.
Certa vez não foi diferente, depois de quase todos os assuntos resolvidos, fomos tomar sorvete, eu não via a hora. Entrando na sorveteria corri pedir o meu sorvete de chocolate e comecei a chupa-lo, sorvete gostoso aquele, até que derrubei a bola de sorvete toda em mim, sujando assim toda minha roupa.
Minha mãe vendo aquilo ficou muito brava, mas minha avó muito pasciente e por eu ser a primeira neta mulher sempre me dava presentes.
Naquele dia não foi diferente, vendo minha situação de sujeira, resolveu levar-me a uma loja de roupas infantins e assim fomos, chegando lá pediu para atendente um vestido que servisse em mim, muitos ela mostrou ate que escolhemos um. Após escolhido, retirou-me a roupa toda lambuzada de sorvete e vestiu-me o novo vestido.
Ganhei um novinho vestido e já sai com ele vestido em meu corpo na mesma hora da loja.




Mirele Victoriano – História de roupa
Meus avôs viveram com seus oito filhos durante muitos anos morando em uma fazenda em Martinópolis. Naquela época a situação financeira em que eles viviam era muito difícil. Tudo era bem simples, não tinham ferro elétrico, era ferro à brasa, tomavam banho de bacia e as roupas eram lavadas nos rios. Meus avôs tiveram um filho por ano, trabalhavam apenas para o sustento e comiam o que plantavam.
Portanto, certas “regalias” que temos hoje como comprar roupas, bolsas e sapatos não existia para eles naquela época.
Minha mãe conta que minha bisavó ia ate a casa das famílias que possuíam um certo poder financeiro e pedia roupas e calçados para eles, ela sempre ganhava e distribuía aos netos.Eles vestiam tudo, até roupa de menino a minha mãe usava. Quando não ganhavam, minha avó costurava sacos de café e/ou açúcar e fazia roupas, toalhas, tudo para uso da casa.
Mesmo com todas as dificuldades, minha mãe conta que sente saudades de sua infância. Viviam de uma maneira muito simples, mas a família era o que mais valorizavam, eles eram muito unidos e viviam com alegria.




João Victor P. Menegon - 2º ano de Biblioteconomia
Ganhei uma camiseta de banda musical, em meu aniversário, mas nunca tinha ouvido falar em tal banda, fiquei furioso. Dias se passaram, entrei em meios de comunição (internet) para pesquisar sobre esta banda, descobri algumas curiosidades sobre a mesma, mas quando fui escutar o som que ela produzia achei ridículo.
Decidi ir trocar o presente, chegando a loja não encontrei nada que me agradava, acabei trocando a camiseta que havia ganhado em meu aniversário, por uma camisa polo, listrada para meu pai, que a mesma para meu tamanho já tinha acabado.
Esta camiseta que ganhei em meu aniversário além de acabar não sendo um presente, acabou virando uma dor de cabeça para mim.




Victor Hugo Braga Sampaio 2º ano de Arquivologia – A vestimenta que usamos tem tudo haver com a nossa personalidade, lembro-me quando criança do vestido azul da minha avó paterna de chinelinho mostrava uma pessoa tranquila e bem caseira.
A elegância do meu avô materno sempre de terno, relógio de ouro e sapatos impecáveis, uma pessoa apesar de orgulhosa e materialista tem um bom coração.
Minha irmã sempre moderna "fashion", roupas de grife,vestidos caríssimos,bolsas,anéis e brincos.quase sempre muda corte e cor de cabelo,troca de roupa fácil e óculos de sol.
Gosto de andar bem vestido,mas não sonho em gastar "rios de dinheiro" com roupas e sapatos, nada que chame muito atenção,é preciso pra mim saber dosar na hora de se vestir,você é o que você vesti!!




Renan M. Predasoli 2° Biblioteconomia – Nesse dia eu tinha sido convidado para um samba. Estava ansioso com a idéia, pois era a primeira vez. Marcos e Marcelo, meus grandes parceiros, já estavam habituados com este tipo de lugar, freqüentavam quase todo o fim de semana. Era a primeira vez para eles, porém, que levariam um leigo em sambar. Sambar para mim era igual subir numa árvore, o tronco é o máximo que eu consigo chegar.
Mas isto não era o problema, a grande questão era saber com que roupa eu iria. Meu “acervo de roupas” era completamente escasso. Havia uma calça, em que estava manchada no bolso direito, duas camiseta, o azul já estava quase branco e o preto quase cinza, um short, com os dois bolsos da frente rasgados e uma blusa, na qual eu só usava quando fazia aquele frio de gelar os ossos.
Mesmo eu estando nesta situação, porém, Marcos, sentido a minha vontade de ir ao samba, me emprestou uma camisa. Esta era perfeita, tinha botões vermelhos em que combinavam com a cor da camisa, detalhes dourados na gola e , principalmente, em todo a camisa, sem contar, um bolso do lado esquerdo. A calça eu não me preocupei tanto, pois um amigo do Marcelo, cujo nome era Fábio, muito extrovertido, por sinal, trabalhava em uma loja de roupas que era de sua mãe. Então, antes de chegarmos no samba, eu , Marcelo, Marcos e o Fábio passamos na loja. Fiquei com uma calça toda preta, ficou um pouco longa, mas nesse caso é só dobrar a barra. Então, depois do problema estar resolvido e eu estar parecendo um "galã de novela" era só se divertir. Bom, esta é a historinha da minha roupa.




Winnie Kerbauy Veloso – 2ano de Arquivologia – Quando eu era pequena, adorava dançar na quadrilha das festas juninas. Na creche eu dançava todos os anos com o mesmo vestido e nunca me importava com isso, e quando fui para o primeiro ano da escola eu não via a hora de chegar o meio do ano para participar da quadrilha. E os meses foram se passando e chegou o tão esperado mês de junho onde eu tive o primeiro ensaio na nova escola com as novas amigas, e chegando em casa fui correndo contar pra minha mãe e pra minha avó, que morava comigo, aí minha mãe mandou eu pegar o vestido para experimentar porque ela achava que não serviria mais, aí fui correndo colocar o vestido com a certeza de que serviria e quando eu tentei entrar nele, foi aquele desespero, eu já não entrava mais! Fiquei desesperada, não entendia porque ele não servia se todos os anos eu usava ele, fiquei muito triste e a minha avó, vendo meu desespero me prometeu comprar um outro, e na semana seguinte me trouxe um vestido cor de rosa lindo que eu adorei, e que na verdade era da minha prima que passou para mim, mas isso eu não sabia, e também não estava nem ligando pra isso, fiquei toda feliz e dancei com ele naquele ano.
No ano seguinte quando chegou a festa junina, descobri que todas as minhas amigas tinham um vestido novo e eu dançaria com o mesmo, e isso começou a me incomodar porque eu também queria um vestido novo, então cheguei em casa pedindo pra minha mãe um novo vestido e ela disse que não dava pra comprar outro e que aquele era novo e estava bom. De novo fiquei triste, pensando que todo mundo iria reparar no meu vestido e lembrar que era o mesmo do ano passado e disse até que não iria mais dançar aí minha avó pediu pra que eu não me importasse com isso, pois ela me daria um vestido novo, e eu fiquei super feliz e continuei com os ensaios na escola. Quando foi chegando perto do dia da festa minha avó me chamou para mostrar o novo vestido, então saí correndo para ver e chegando na sala vi o mesmo vestido só que todo colorido com novas fitinhas e com uma fita branca na cintura que não tinha e fiquei toda contente e agradeci à minha avó. E depois disso a cada ano que passava minha avó colocava algo novo no meu vestido e conforme eu ia crescendo ela ia colocando uns babados rendados lindos para que eu pudesse usar.




Patrícia Kelly Agote Medeiros, 2º Arquivologia – Lembro-me de quando era pequena e que iria acontecer uma festa ou casamento, não me recordo bem e eu não tinha roupa pra ir.
Então minha avó que sempre fazia a maioria das roupas que eu usava, fez para mim, uma saia e uma blusa, e me lembro que era de tom azul claro com pequenas flores vermelhas.
Fiquei tão encantada com a roupa, que não questionei de onde veio e nem parei para pensar que o lençol novo dela havia desaparecido.
Alguns anos depois, já adulta, conversando com minhas tias e nos recordando de vários episódios engraçados de nossa família, uma delas nos lembrou do lençol que havia virado roupa e foi então, que descobri, com grande surpresa, que uma de minhas roupas favoritas, nada mais era, do que o lençol da minha amada avó.




Rose Aparecida 2º Biblioteconomia – Quando eu era pequena, no pré-primário, eu tinha uma calça de moletom laranja fluorescente. Minha mãe adorava me vestir com ela para a escola pois dizia que era quente e confortável. Na verdade ela gostava porque conseguia me reconhecer de longe no meio das crianças desesperadas na saída da aula.
Um dia na aula, eu estava usando essa calça. Estava com muita vontade de ir ao banheiro, mas cinco minutos antes, a professora havia dito que não iria deixar ninguém sair mais porque algumas crianças saiam e faziam bagunça lá fora. Fiquei com vergonha e não pedi para ir ao banheiro, só que eu estava com muita vontade, e eu era só uma criança. Chegou um momento em que não agüentei mais, fiz ali mesmo, na calça laranja e na carteira.
A professora reparou que o chão estava molhado e mandou todos ficarem em pé na cadeira para descobrir quem foi o infeliz. Foi péssimo, levantei na cadeira e todos riram. Professora má.
Chamaram a servente para me levar ao banheiro e trocar a minha roupa. Pensei pelo lado bom da situação: eu trocaria aquela laranja ambulante.
Pois bem, a servente foi buscar outra calça para eu vestir. Quando ela pegou a calça, que era do filho dela, fiquei feliz, era preta. Mas quando vesti, ela não entrava direito, era bem apertada, mas entrou. A calça era minúscula, fiquei parecendo uma lombriga queimada, era tão apertada que quase não conseguia andar.
Minha mãe tinha razão: a calça laranja era realmente confortável.




Thayane Cobacho – Na minha família roupas são passadas de uns para outros, e em casa tem uma camisa xadrez que todos usaram e ate o meu irmão. E ele fala que quando tiver um filho quer que ele use também, isso se até lá ela estiver inteira, mas acredito que sim, pois minha mãe a guarda ela com muito cuidado.
Falando na minha mãe ela adora reformar roupas e inventar novos modelos, em seu guarda roupa ainda tem algumas roupas antigas, e eu e minha irmã já pegamos e temos certeza que vamos pegar outras para transformá-las. Já modificamos calças jeans, vestidos, blusas, que virou shorts, saia, vestidos, e assim vai indo, pois temos muita imaginação. E minha mãe gosta e até incentiva nós a fazer isso.




Lucas Caritá – Aconteceu à pouco tempo atrás, foi no 3° ano do ensino médio. Na escola que estudava, os alunos eram obrigados a vestir o uniforme - uma camiseta - e jeans. Não importava qual o motivo, era dessa forma que devíamos nos vestir. Eu, seguia as ordens, sempre com a camiseta do uniforme e calça. Porém, determinada vez, todas minhas camisetas do uniforme estavam sujas, e eu, que sempre seguia as ordens da escola, determinado dia não fui com a camiseta... E justo nesse dia, a inspetora de alunos, veio encrencar comigo! O pior foi o que ela fez, estava numa roda da turma e do nada sinto alguém me puxar pelo colarinho de uma blusa de frio que estava usando... Ela me levou pra sala dela, e fez eu vestir um uniforme da escola que tinha lá. Detalhe: Estava mais sujo que a minha própria camiseta, cheirava mal por estar guardado tanto tempo lá e o melhor, era tamanho G, GG, extra GG... O uniforme ficou enorme em mim que já sou magrelo... Acho que nunca passei tanta vergonha por causa de uma roupa... E depois daquele dia, nunca mais deixei de ir com meu uniforme.




Larissa Machado -2º Arquivo – A história que eu tenho sobre roupa é bem belezinha.
Eu tinha uma amiga de infância muito divertida, e eu adorava dormir na casa dela nas férias ou em feriados.
E ela tinha uma calça de pijama que eu adorava, e sempre que eu dormia na casa dela ela me emprestava.
E quando a gente cresceu e fomos morar fora ela me deu a calça.
Ela disse que era pra eu levar pra Marília pra ter alguma coisa dela que eu pudesse guardar e lembrar dela.E hoje sempre que eu visto a calça eu lembro de muitos momentos que nós passamos juntas e de que como aquela calça, agora toda velha, é muito importante pra mim.