Ponto Cultura
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Politicamente Incorretos: uma pequena síntese
R.U.Sirius
Pensando nos textos já lidos (sobre assuntos de comida, vestuário e religião), este texto “Politicamente Incorretos” de Sirius vem para analisar a cultura por um todo, com as ideologias de Sócrates escrito por Platão: “a verdade está lá fora... Em algum lugar”.
Ele vivia em Atenas que dizia ser democrática, porém as mulheres tinham que “permanecer dentro da casa, cozinhando e tecendo”. O que Sócrates discordava, pois “elas eram iguais aos homens e deveriam ser tratadas como tal”. Isto é, ter os direitos que os homens tinham. É válido lembrar que cozinhar (comida) e tecer (vestuário) eram ligados ao sexo feminino. Assim como a comida, o vestuário, os costumes e a religião, criam um perfil da sociedade.
No texto o autor diz: “[...] Você era aquilo que sua tribo era, mesmo que você fosse o líde. O indivíduo funcionava como uma molécula indistinta na entidade singular que construía uma comunidade em particular, programada pelos hábitos, rituais, crenças e papéis atribuídos por aquela cultura”. Sócrates foi o primeiro a sugerir que um indivíduo poderia “[...]‘conhecer a si mesmo’, de que potencialmente havia algo de único em todos os seres humanos [...]”. Mostra que era generalizada que a pessoa não era considerada como único indivíduo na sua tribo. Não mudou muito atualmente, uma pessoa é identificada pelos costumes, crenças e culturas, porém o indivíduo tem que conhecer-se, características próprias que o diferencia dos demais.
A democracia de Atenas era participativa, não havia uma liberdade para fazer o que queria. “[...] Não há o conceito de liberdades civis individuais, nem o de direitos civis. O texto mostra claramente como era a democracia participativa. Hoje temos “democracia”, mas temos sorte que não é tão democrática e participativa, pois seria difícil viver em uma sociedade como a de Atenas, traria muitos problemas, talvez mais do que já existe na sociedade.
O autor comenta sobre: “[...] o computador e a internet surgiram como uma espécie de balsamo. Por um lado, elitistas contraculturais podem alegar uma independência cada vez maior da cultura de massa, ignorando a mídia hegemônica criando suas próprias regiões autônomas mediadas. E por outro lado, eles podem oferecer as pessoas comuns a oportunidade de fazer o mesmo (ou o contrário, se preferirem) tornando essas ferramentas baratas e fáceis de usar[...]”. Aqui mostra o quanto o meio de comunicação deu uma independência do acesso a informação, e a democratização. Maiormente os meios digitais, o qual, além das pessoas terem acesso a informação podem ser também emissoras de informação.
Assim, os contraculturais vêm contra a cultura o qual a sociedade está estruturada, defendendo as novas mudanças, que aqui no caso da ciência da informação é o acesso a informação, trabalhando com os meios de comunicação como ferramenta. Isto é, para aqueles que sabem usar como ferramenta, tornando até uma arma, sabendo usar para benefícios próprios.
Lucinéia da Silva Batista
Arquivologia 2º Ano
Comida e Sociedade
Sidney W. Mintz
“Dificilmente outro comportamento atrai tão rapidamente a atenção de um estranho como a maneira que se come: o quê, onde, como e com que freqüência comemos, e como nos sentimos em relação à comida”. É bem diferente pensar assim, pois é algo que fazemos automaticamente. Um exemplo é que sempre depois de almoçar, me dá sono, e quando não durmo o resto do dia não rende, não consigo ter o mesmo rendimento. Vi uma vez no globo repórter um lugar em Minas Gerais, onde o povoado fechava o comércio das 11 às 14 horas para o almoço, e depois de almoçarem era sagrado uma hora de sono. É algo que me chamou a atenção ao mencionar o modo que sentimos em relação à comida.
“[...] O comportamento comparado relativo à comida tenha sempre nos interessado e documentado a grande diversidade social. [...]”. Esse interesse se dá porque tem aumentado a preocupação das pessoas em relação à saúde alimentar, devido o surgimento de alguns problemas e como alguns alimentos podem trazer resultados positivos e outros negativos para a saúde. Também essa diversidade tem se interagido.
“[...] A prosperidade nos leva a esquecer o quanto a fome pode ser impositiva, mas mesmo nesses períodos os hábitos alimentares continuam sendo veículos de profunda emoção. [...]”. Infelizmente nem todos tem esta prosperidade. Uma vez assisti a um documentário sobre “A Ilha das Flores”, que não passava de uma ilha onde as pessoas para não morrerem de fome, se submetiam a pegar restos da lavagem dos porcos, e o dia que não tinha, faziam sopa com papelão. Isto me marcou muito, pois mostrava bem o que era estragado para uns era comida para outros. Também assisti algumas entrevistas feitas com jornalistas que estiveram no Haiti, os quais falaram que para os haitianos matar a fome, faziam bolachas de barro (terra) para saciá-la, da briga pela comida, do saqueamento de água potável. Então realmente para quem vive e passa por essa situação sabe o quanto a fome é impositiva.
“[...] o que aprendemos sobre comida está inserido em um corpo substantivo de materiais culturais historicamente derivados. [...]”. Faz que a diversidade, que comidas tradicionais, hábitos não se percam, e sim dê continuidade. Muitas culturas perderam sua origem que foram substituídas por outro hábitos de alimentação.
“[...] O comportamento relativo à comida revela repetidamente a cultura em que cada um está inserido. [...] Os hábitos alimentares podem mudar inteiramente quando crescemos, [...]”. Quando entramos em contato com outras culturas, nos apropriamos de algumas coisas, e com isso pode ocorrer perdas nos hábitos já adquiridos, ainda que não são esquecidos.
“[...] Nossos corpos podem ser considerados o resultado, o produto de nosso caráter, que por sua vez, é revelado pela maneira como comemos”. Dá para se tirar das pessoas da África, o resultado da vida o qual levam.
“[...] a cultura é o modo como as pessoas se relacionam mutuamente estabelecendo relações com seus materiais culturais. (Vroeber 1948)”. A comida faz parte dessa cultura, do cotidiano do ser humano.
“[...] a comida e sua preparação fossem vistas como trabalho de mulher, e a maioria dos antropólogos fosse composta por homens; [...]”. Muitas coisas mudaram depois que a mulher conquistou seu espaço no mercado de trabalho, ocorrendo assim à preparação da comida por ambos os sexos, tanto os homens quanto as mulheres, e a divisão do trabalho dentro do lar.
“[...] Tantas pessoas no mundo inteiro não mais produzem o que consomem ou consomem o que produzem, [...]”. È válido lembrar que muitos não produzem e nem consomem, vivem na miséria.
“[...] como alimentar pessoas, e como fazer dinheiro alimentando-as. [...]”. Algo que sempre vai dar dinheiro para as industrias alimentícias, e o Brasil é um produtor forte em alimentos para exportação devido o clima a qual se tem que favorece para isto.
“A defesa econômica da produção local de arroz está de acordo com as concepções míticas e românticas que cercam esse alimento - símbolo chave do espírito japonês – de tal modo que esse livro é quase uma leitura do caráter nacional através do estudo de um único alimento”. O arroz de certo modo concretiza a cultura japonesa, assim como o feijão e o arroz aqui no Brasil e outros tipos de alimentos concretizando modos de culturas de outros países. “A tortilha no México, é um outro exemplo em que um produto passa a ser símbolo poderoso de identidade nacional, [...]”.Fico pensando no caso do Brasil que tem grande diversidade de comidas, devido sua grande extensão e diversidade de colonização que ocorreram, e que conservam ou pelo menos tentam suas comidas típicas que varia de região para região.
“[...] a comida serve de portadora de significado na medida em que velho e novo, urbano e rural, masculino e feminino, índio e não-índio, são socialmente conjugados”. Com toda certeza a comida é simbólica assim como muitos outros elementos culturais.
“Graças à associação das mulheres com a comida e com a cozinha, e dos homens com a caça e a política, desenvolveu-se uma importante literatura dedicada à comida, e ao gênero. Parte dela trata da relação entre a comida e a imagem do corpo; outros tratam da relação entre domesticidade e liberação das mulheres; outros ainda, das ligações entre comida e auto-identificação com o gênero. [...]”.
Hoje vejo que isso já não é tão válido, pois o cozinhar ainda que tenha uma relação com a mulher, tem sido praticado pelos homens, devido à entrada da mulher no mercado de trabalho, como já foi dito antes.
“[...] Uma vez mais, o novo e o tradicional se revelam em complexa interação”. O tradicional é insubstituível, porém abre espaço para o que é novo. Um exemplo disso, é que não deixo de comer arroz e feijão nos finais de semana, porém acompanhado do macarrão ou algum prato feito com massa, que sabemos que é tradicional dos italianos. Por isso tem como estar experimentando coisas novas sem ter que abrir mão do alimento tradicional, que no meu caso é o de rotina.
“[...] Não dei atenção a substâncias expansivas da consciência nem ao canibalismo; [...]”. Me fez lembrar do filme “A Estrada”, onde a falta de comida transformaram os hábitos alimentares do ser humano, passando a caçar pessoas para comer e assim não morrer de fome, é sim para se pensar nessas possibilidades, o homem é capaz de tudo para não morrer de fome.
“[...] O deslocamento de pessoas e alimentos, a separação crescente de produtores e consumidores, a disposição cada vez maior em consumir alimentos preparados, o declínio da habilidade culinária das classes médias e outras tendências, particularmente no chamado mundo desenvolvido, [...]”. Alguns hábitos alimentares se dividem e separam em classes e em poder aquisitivo, tornando certas comidas de classe alta e outras de classe baixa. Também como o capitalismo e o surgimento das classes, houve a distancia das mulheres de classe média da culinária e a aproximação das mulheres de classe baixa na culinária. A fartura e prosperidade econômica em alguns países fizeram com que trouxessem alguns problemas de saúde, obrigando assim que os hábitos alimentares fossem mudados por questão de saúde.
“[...] Tão poucos de nós tiveram de enfrentar pessoalmente uma real escassez de dinheiro ou material - escassez que afetasse pessoalmente nossas oportunidades de comer em excesso [...]”. Foi esta fartura que trouxe alguns problemas para alguns países desenvolvidos, como é o caso da obesidade. Também discordo quando falam que não tivemos falta de dinheiro ou material, acho que muitos sofrem com isso principalmente nos países em desenvolvimento, essa escassez existe e afeta sim as classes baixas.
“Milhões de pessoas ainda sofrem de desnutrição crônica, mas esses autores afirmam que a situação alimentar do mundo está melhor hoje do que nunca, e talvez estejam certos. [...]”. Penso que mesmo olhando de uma forma geral, não devemos ignorar que morrem muitas pessoas por dia de fome. O que acontece é que estatisticamente a média populacional faz com que o resultado saia desproporcional, pois uma parte pequena da população ganha muito bem e o restante muito mal, ou nada, e quando somam e dividem acabam generalizando como que se todos ganhassem razoável o que se torna uma mentira. Por isso a situação pode estar pior do que pensamos e que ironicamente ouvimos em melhoras na alimentação, esta é uma das lógicas que mostra que os resultados que são mostrados não são confiáveis.
“[...] As colorias ditam a escolha do alimento rural porque as pessoas precisam de todas as calorias que puderem obter. Mas com maiores rendimentos e menor produção física, como acontece em muitas cidades; os consumidores urbanos começam a procurar uma maior variedade”. Digo que não é só a escolha, mas também a quantidade é maior de alimentos para quem é do campo. Quando mudam para a cidade a queda de alimentação e peso é brusca, pois já fui da roça, morava no sítio e pesava 45 kg, perdi peso muito rápido ao mudar para a cidade, perdendo de 6 a 7kg, a vida na cidade é muito diferente, até o ar.
“[...] Nos países desenvolvidos, obesidade, problemas circulatórios e cardíacos e muitos outros males são atribuídos a uma dieta que, ao longo do tempo, parece infelizmente ser a mesma aspirada nos países mais pobres, e que muitas vezes é alcançada nos países em desenvolvimento”. É complicado, afinal, ser pobre nessas circunstâncias não é tão ruim, pois a prosperidade pode trazer alguns males e a pobreza alguns benefícios que é não comer excessivamente, estar no seu limite. Aqui se comparar a comida do rico com a do pobre, elas se igualam.
“[...] grupos de privilegiados de assalariados e empresários chineses comecem a comer em massa pela primeira vez o que a classe média dos Estados Unidos acredita ser uma dieta excessivamente rica, gordurosa e abundante em proteínas. [...]”. Para mim há uma inversão de hábitos.
“Comidas cotidianas, prosaicas, que tendemos a considerar comum, escondem histórias sociais e econômicas complexas. O lugar da proteína vegetal no futuro do mundo pode se tornar um problema político de primeira ordem. [...]”. Realmente a comida pode trazer sérios problemas com sua falta, pois ela é imperativa e pode transformar a vida, o perfil e as atitudes do ser humano, por isso que tem sim que haver uma preocupação sim nessa parte.
Enfim, a comida ela é simbólica, esta inserida na cultura que faz parte da sociedade que depende dela para sobreviver.
Nome: Lucinéia da Silva Batista
Curso: Arquivologia 2° Ano
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
http://www.cultura.gov.br/site/2010/10/25/povo-kalunga-guardioes-da-liberdade/
Leiam é muito legal como esse papel se dá, afinal é a sociedade resgatando e assumindo suas raizes e identidade.
Espero que gostem!!!
Lucinéia da Silva Batista
Arquivo 2°Ano
Resenha - Politicamente incorreto: Sócrates e a contracultura socrática.
Nascido em Atenas em 470 a.C, Sócrates foi um filósofo grego muito influente (e ainda é nos dias de hoje) e tudo o que sabemos sobre ele é por intermédio das histórias registradas por alguns de seus seguidores, principalmente Platão e Xenofontes.
Sócrates tinha vários pensamentos a respeito do mundo e do ser humano, como Timothy Leary escreveu "Sócrates sustentava que o objetivo da vida humana é buscar a verdade da natureza como elas são, não como elas são interpretadas pela mente convencional.".
Sócrates não se importava com as riquezas materiais, para ele o mais importante era a virtude que cada ser humano possuía. Ele andava pelas ruas e conversava com as pessoas para transmitir o seu conhecimento a elas, ele ensinava as pessoas a pensar, ele as questionava e fazia com que elas tivessem interesse em questionar mais e mais sobre tudo. Na época Sócrates foi o único a argumentar que as mulheres tinham os mesmos direitos que os homens.
Atenas na época era uma cidade que exercia a democracia, os homens de todas as classes sociais tinham o direito de votar e participar diretamente na elaboração das políticas, mas Sócrates não gostava de participar da política, ele tinha algumas idéias contrárias a política de Atenas, ele era apolítico.
Apesar de todo conhecimento que tinha, Sócrates dizia não saber nada.
Por quarenta anos, Sócrates reuniu vários seguidores jovens para falar da vida e de seus significados. Por causa de caprichos de alguns de seus seguidores é que Sócrates acabou sendo condenado a morte, é claro que o conflito político que Sócrates tinha com a democracia de Atenas também contribuiu para a sua condenação.
Em 399 a. C, aos setenta anos de idade, Sócrates foi condenado a beber cicuta, com as acusações de recusar se a aceitar os deuses reconhecidos pelo Estado, introduzir outras novas divindades e de corromper a juventude. Mesmo em seus últimos momentos Sócrates demonstrou muita serenidade.
Agatha Gonçalves, 2 º ano de biblioteconomia.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Judeus Espanhóis e Judeus Alemães reunidos em Israel
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Televisão x Cultura? Janaina/Biblio
Como estamos constantemente discutindo esse assunto nos textos que a prof. Maria José, nos passou , aí vai. mais...http://www.youtube.com/watch?v=7k5MmD6GPiQ
Bicicloteca
È TudoNosso!!!! Mais... http://www.tvcultura.com.br/manoseminas/reportagens/Programa_71___Bicicloteca_23782
Janaina.
Biblioteca e Periferia
Essa é especial pra turma de Biblio!!!
Janaina. mais... http://www.tvcultura.com.br/manoseminas/buzao/PGM_83___Vila_Godoy_27183
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Metrópoles - Wim Wenders
Wim Wenders
Exposição ‘Lugares Estranhos e Quietos’ traz diversos registros fotográficos pelo mundo em busca de locações para o cinema.
Confira os detalhes dessa reportagem aqui:
http://www.tvcultura.com.br/metropolis/programas/54009Agatha Gonçalves, 2º ano de biblioteconomia
domingo, 17 de outubro de 2010
Este texto nos remete a memória que cada objeto ou roupas traz consigo lembranças do ente querido que partiu.
Algumas pessoas como Allon personagem do texto vê nas roupas uma compensação da ausência de quem partiu, as roupas e o objeto é como se incorporasse a pessoa, é como se esses materiais ganhassem vida tais coisas são carregada de lembranças que nem mesmo o tempo pode apagar, apesar das dores e do sofrimento .
A roupa nos reporta a característica ou traço de personalidade a quem pertenceu como, por exemplo: o tecido, o corte da roupa, o cheiro de suor que deixar impregnado nesta roupa.
“ As roupas ficam lá penduradas em seus armários” uns vêem como gestos confortadores outros, aterrorizados isso depende da reação de cada um em relação à morte.
As roupas recebem uma carga humana, trazendo consigo uma lembrança viva.
A comida as jóias nos liga a pessoa imediatamente e é moldada por nosso toque.
A criança tem apego com uma peça de roupa, um ursinho de pelúcia, portanto há uma relação de ligação e que isto faz parte do seu mundo, sendo que cada criança conhece essa roupa pelo cheiro. Roupas trazem lembranças da memória e posse.
A Inglaterra na renascença era uma sociedade da roupa, a roupa era a moeda corrente muito mais valiosa que o ouro e a prata.
As roupas usadas circulam ou são passadas de paia pra filho. Uns guardam como lembranças e outros preferem desfazê- los para apagar o vazio que existe na dor de uma ausência.
A roupa traz um poder particular estando ela associada a dois aspectos contraditórios de sua materialidade: ser capaz de vestir e durar e sue poder maior é associada a memória.
A memória das roupas tem um significado simbólico ligado ás relações sociais que são literalmente corporificados
Para algumas pessoas a preservação dos objetos que pertencem ao ser amado que perdemos representam vida própria.
Há pessoas como Jessy e Emily citadas que vestem camisas do pai que faleceu e o irmão delas planejava vestir as camisas e que ele não queria que ficassem gastas.
Para algumas pessoas as roupas devem ser descartadas outras preferem que fiquem como lembranças e outras até as usam. A roupa é remodelada por seu novo portador.
A sociedade em Florença do século XV recebiam um contrato estipulando que deveriam um contrato um dote pago não em moedas, mas em roupas.Os homens também eram pagos em roupas, mas não estavam envolvidos como as mulheres, na produção de roupas.
Nos Estados Unidos XIX, as roupas traziam simbolismo através dos enxovais que as moças deveriam fazer antes do casamento teriam que fazer doze colchas senso que a décima terceira colcha nupcial, sendo que a colcha traz neste contexto uma carga de estruturas sociais conflitantes: os materiais da vida familiar; os materiais da auto- dependência e do trabalho assalariado.
Há casos em que é o costume é a transferência de roupas entre membros da família. A roupa pode fazer uma conexão do amor através da ausência da morte, porque ela traz consigo a memória e a geneologia.
A medida que a roupa perde seu econômico perde também o seu valor simbólico.
Existe uma conexão entre a capacidade de vender ou penhorar roupas usadas e a cuidadosa transmissão através dos testamentos.
Podemos assim descrever penhoras na Itália e Inglaterra, de roupas seguidas pelas ferramentas. Na Inglaterra na renascença um simples colete comprado para o conde de Lucester, custou mais que a mansão de Shakespeare isto mostra valor extraordinário dos têxteis que durou até o início da manufatura do algodão barato.
A roupa pode ser um objeto de desejo e fantasia na qual impõe uma espécie de poder através do que está vestindo
Nome : Mariza Viana
2º ano - Arquivologia
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Vale a pena conhecer: Nicholas Winton
Ana Paula 2° ano de biblioteconomia
Jeanne Moreau e a eternidade do cinema
Confira aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=psGRu25daDE&feature=player_embedded#at=169
Artigo completo
http://www.saraivaconteudo.com.br/artigo.aspx?id=123
Agatha Gonçalves, 2º ano de biblioteconomia
Um mergulho na obra de Walter Salles
Acesse aqui o texto completo
http://www.saraivaconteudo.com.br/Video.aspx?id=180
Confira a entrevista com Marcos Strecker:
http://www.youtube.com/watch?v=NnMYTszdbrg&feature=player_embedded#!
Agatha Gonçalves, 2º ano de biblioteconomia
Se não fosse tanto, e era quase.
Paulo Leminski Filho nasceu em 24 de agosto de 1944, em Curitiba, PR. Filho de Paulo Leminski e de Áurea Pereira Mendes, começou a escrever cedo. Morreu cedo também, aos 44 anos, exatamente com a mesma idade em que morreu o grande poeta, Fernando Pessoa. E da mesma forma: epatite etílica.
Dentre suas obras, as mais conhecidas são os livros: La vie em close e Distraídos venceremos.
(Em ambos foram anexados os links para os arquivos em pdf, vale muito a pena conferir!).
Leminski é tido por alguns como poeta marginal, apesar de não ter contato com obras referentes à esse tipo de literatura... esteve sempre ligado à música, artes e literatura, sendo autor da música ''Verdura'', conhecida na voz de Caetano Veloso (E também tem composições gravadas por grandes nomes da MPB, tais como Arnaldo Antunes, Zélia Duncan, Guilherme Arantes...).
Alguns o tem como poeta da vanguarda. Seja como for, Leminski é um excelente compositor, e brinca com as palavras como ninguém... Sua poesia, por muitas vezes, beira o simples, o infantil, ao mesmo tempo que abre as portas para uma inevitável reflexão acerca do mundo e de nós mesmos, prova de que a poesia é mais do que palavras bem organizadas, é muitas vezes uma porta para reflexão.
Enfim, quem estiver lendo e se interessar mais (e não gostar de arquivos em pdf), me disponibilizo a emprestar os dois livros que tenho!
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Incenso fosse música (Paulo Leminski)
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
[um bom poema leva anos]
um bom poema
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto
http://www.scribd.com/doc/3102163/livrosparatodos-net-Paulo-Leminski-Distraidos-Venceremos-pdf
(tentei lincar o la vie en close e não consegui)
Enfim, espero que tenham gostado. Além de Leminski, tenho do Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Hilda Hilst, Cora Coralina, João Cruz e Sousa, Vinícius de Moraes e Clarice Lispector, além de uma coletânea com as 100 melhores poesias (que eu discordo completamente, rs).
Enfim, espero que tenham gostado e que busquem mais informações sobre o assunto.
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Laura Pontelli, 2° ano Biblioteconomia.
sábado, 2 de outubro de 2010
História da comida
Minha família nunca foi rica, nem nada parecido. Por meus pais trabalharem no ramo de corretores de imóveis, e nesse ramo ter certeza de dinheiro no mês seguinte sempre foi algo incerto para nós. Ainda sim, por minha mãe vir de família italiana e meu pai de família portuguesa eles nunca admitiam que comida fosse algo secundário em nossas vidas.
Lembro-me de quando era criança, de minha mãe fazendo sopa quando não tínhamos muita mistura e, para que a sopa sustentasse, ela comprava alguns pães e fazia ovo pra quem pedia.
Meus pais sempre exigiam que comêssemos a mesa já que essa era a “hora da família” e me lembro de brincadeiras que fazíamos a mesa, como por exemplo de quando eu era bem pequena e meu pai pedia para que eu me sentasse reta na cadeira para que ele pudesse medir o quanto meu queixo estava acima da mesa, ai era coisa de “nossa, você esta 3 dedos acima da mesa” , “quatro dedos”, e assim por diante. Era algo que me divertia muito! E fiquei muito orgulhosa quando finalmente alcancei uma palma inteira aberta.
Minha mãe nunca brigou comigo quando não queria mais comer, ela tinha uma didática muito mais pratica e eficaz do que ficar brigando. Era algo muito simples, eu falava que não queria mais comer e ela me deixava sair da mesa, quando reclamava de fome ela ia até o forno e pegava o restinho da comida que eu havia rejeitado. Ou eu comia aquilo, ou não comia nada. Óbvio que eu sempre comia. Aos meus 8 anos aprendi uma tática para “burlar” essa didática da minha mãe. Nós morávamos no 15º andar de um prédio no bairro da Saúde em São Paulo, então eu jogava toda a comida que eu não queria mais pela janela da área de serviço. É óbvio que isso não funcionou por muito tempo já que minha mãe acabou vendo toda a comida no quintal do vizinho que morava no térreo.
Moral da historia, meus pais me deram um belo puxão de orelha falando que meu pai ficava sem comer às vezes para me dar o que comer. A partir daquele dia eu percebi que meus pais passavam fome se preciso para me dar o que comer. Aprendi a respeitar e acima de tudo a valorizar os esforços deles para trazerem comida para nós.
Moyra Guglielmo Muniz - 2º ano Biblioteconomia