quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Resumo - A vida social das coisas: roupas, memória, dor. (Peter Stallybras)

Resumo do texto - A vida social das coisas: roupas, memória, dor (Peter Stallybras)


Andrieli Pachú da Silva - 2º de Arquivologia

Esse texto me fez entender muitos hábitos que eu tenho, mas que não sabia de onde vinha.
O autor aborda o tema roupa de uma forma pessoal e maravilhosamente tocante, que faz você chorar e reviver lembranças com outros olhos e analisar como será o seu futuro, se alguém cuidará das suas roupas ou qualquer outro pertence, se haverá um espaço para você, mesmo quando não estiver mais vivendo.
A roupa não está ligada somente a uma “tendência da moda”, onde para as pessoas serem totalmente feliz, tem de se parecer com as modelos que desfilam nas passarelas, vestindo um famoso estilista e ter um nível econômico elevado, pois através da roupa que você usa, a sociedade tira conclusões sobre seu nível social, onde trabalha, seu tipo de gosto, seu comportamento entre outros, ai está o maravilhoso do texto, ele deixa isso de lado e mostra o efeito que a roupa trás para a nossa memória e a dor que vem junto com a memória.
Quando comecei a ler o texto, me lembrei do meu primo que faleceu a 5 anos, isso me fez chorar, não foi a roupa que me trouxe a dor dessa vez, mas o texto. Ao terminar de ler, eu pensei em como foi minhas férias de julho. Visitei o cemitério onde meu primo está enterrado, a camisa que ele usava na foto que está na sua lápide era a sua marca registrada, num tom de verde que combinava com seus olhos, quando vejo uma camisa social naquele tom, me vem na memória meu primo vestido e sorrindo igual ao dia em que a foto da lápide foi tirada.Nas férias também fui organizar meu guarda-roupa antes de vir para Marília, desenterrei meu vestido do aniversário de 1 ano que minha mãe guardou, e pensei se um dia eu terei uma filha pra poder vesti-la pelo menos para uma foto, mas também veio a duvida, e se eu tiver um menino o que eu faço com meu vestido? Encontrei a roupa de bolinhas da minha mãe, que ela me deu, falou que tinha guardado a roupa porque a moda poderia voltar, ou para alguma apresentação na escola, agradeço a ela por ter guardado, eu precisei da roupa para uma apresentação na escola e dependendo da ocasião eu até uso. Dentro do guarda-roupa também tem um casaco da minha bisavó Cecília, minha tia-avó quis se desfazer das roupas depois da morte da mãe, então mandou algumas roupas para sua irmã que é minha vó, ela guardou, e quando eu fiquei mais mocinha e criei o costume de ficar bisbilhotando o armário da minha vó, vi o casaco de pelo, perguntei de quem era, minha vó falou que era de sua mãe, ela perguntou se eu queria, aceitei na hora e peguei pra mim, acho que só usei umas duas vezes, mas não tenho coragem de me desfazer dele, talvez por eu não ter tido contado com a bisa, pois quando ela faleceu eu ainda era bem pequena devia ter uns 3 para 4 anos, então além da foto que tirei com ela no seu aniversário tenho o casaco dela que me faz recordar da foto.
Continuando minhas férias, mas saindo do meu guarda-roupa e indo para o da minha vó novamente, peguei duas blusas dela, uma que não servia nela pois tinha comprado mais pela saia, e a outra é uma de estampa florida que eu já gostava, no dia das mães ela emprestou pra minha mãe tirar foto, eu fiquei de olho na blusa, perguntei se ela ainda usava, ela disse que não, pois a blusa já era velha, não tive coragem de pedir na hora, só depois quando voltei nas férias pedi e ela me deu. Coloquei a blusa para mostrar para minha tia, falei para ela que tinha pego da vó e ia levar embora, daí ela me contou que uma amiga dela ia ficar feliz por não ver mais aquela blusa, pois quando ela via minha vó usando lembrava da sua mãe já falecida, que tinha uma blusa com a mesma estampa. Isso me fez pensar em tudo que o autor fala no texto, do vazio que fica dentro das pessoas, e das duas situações que ele aborda, onde alguns querem guardar a roupa de pessoas que morrem e outros querem se desfazer. Fiquei feliz por ter algo da minha vó, porém ela está viva, fico pensando se quando ela falecer, eu ainda vou ter coragem de usar sua roupa, pois minha tia-avó se desfez das roupas da sua mãe, e a amiga da minha tia não agüentava ver a minha vó com a roupa da mesma estampa que sua mãe usava. Agora entendo que as coisas tem sim uma vida social, um objeto ou uma roupa, traz consigo não só memória, dor, mas também alegria, fazendo o papel de uma máquina do tempo, nos levando para lugares e até “revivendo” pessoas. Acredito que o efeito do casaco da minha bisa na vida da minha tia avó deve trazer dor, mas na minha vida é como se materializa-se as histórias que eu escuto sobre Cecília, é diferente escutar uma história de sobre uma pessoa que você mal conheceu, mas faz parte da sua família, e quando se tem um objeto dessa pessoa, ainda mais uma roupa, é como se você pudesse conhecer um pouco sobre ela, seu jeito de se vestir, do que gostava, a noção de algo que você não conheceu, mas ouviu falar, parece adquirir mais sentido.

3 comentários:

  1. Todos os textos plublicados tem um linguajar especifico e muito claro, mostrando a sua intepretação em relaçao ao que leu. Porem o que me emocionou foi o texto escrito sobre a importância que a roupa tem em nossas vidas, quantas lembranças não é filha? Espero que esses textos sejam os primeiros de muitos outros,que poderão ser interpretados e até de sua autoria. Sucesso. Beijão. Te amo.

    ResponderExcluir
  2. muito bom!explica claramente o que as pessoas querem ,particulamente eu gostei muito,parabéns!!!!!

    ResponderExcluir
  3. não gostei sem ofesensas não explica claramente o que as pessoas querem tentem dar o melhor de si pois asiim vocês iram longe

    ResponderExcluir